segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Manifesto a minha prosa



Eu queria falar na minha prosa
Das terras, das águas e das montanhas
Das lavouras, dos animais e mais...
Das coisas que formam o meu povo
Mas eu habito no confuso
E mal cheiroso mundo urbano
Onde pessoas não guardam tradições
E as últimas gerações não trazem
...nada dentro de si.
Para estes nem a instrução básica
Da interpretação da escrita
Dos nossos escritores e poetas
Obtiveram pela falta do homem
E outros por mera opção do não
O não que bloqueia a contemplação
Da luz das estrelas num céu azul
Do ouvir o canto dos pássaros
Do observar o verde da relva
Do cheiro das frutas
Da beleza das cores
...tão pouco o amor
Como jamais verão um campo
De Alfazema florida exalando
Seu perfume pelo ar
Mas sentirão o cheiro da fumaça
Que corroem seus pulmões
Do ruído dos motores
Que diminuem sua audição
Como a cor cinza do concreto pichado
Que diferencia mundos sem compaixão
Quem me dera ter a inspiração
De mundos atracados
Do outro lado do Atlântico

Dedicado a Manuel Maria – Galícia – Espanha.

2 comentários:

Anônimo disse...

Ola Dimmi.
Que honrra encontrar vc novamente. Fabio/Taubaté/SP

Anônimo disse...

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