Basta

Por hoje basta
Já me fartei
De palavras soltas
Palavras de solidão
Palavras de tristezas
Algumas palavras de amor
Por hoje basta
Já sonhei demais
Sonhei que a tinha
Em meus braços
Na minha cama
Em minha vida
Por hoje basta
O dia está chuvoso
Escrevi um poema
Que não gostei
Imaginei um conto
Que não tem fim
Senti dores e só me feri
Por hoje basta

Um homem de êxito

No pode olhar a lua sem calcular a distância. Não pode olhar uma árvore sem calcular a lenha. Não pode olhar um quadro sem calcular seu preço. Não pode olhar um cardápio sem calcular suas calorias. Não pode olhar um homem sem calcular a vantagem. Não pode olhar uma mulher sem calcular o risco.
(Tradução do texto – Edmilson Naves de Oliveira, texto de Eduardo Galeano – escritor Uruguaio).

Galícia

Galícia

Andei pelos quatros cantos das terras galegas, terras que Manuel Maria poeta galego poetizou. Terras que não abandonam suas tradições, gente que contam histórias centenárias. Costa de vários pescados, culinária farta e de ricos vinhos. Terras de caminhos santos, da fé buscada pela gente de todo o mundo. Terras onde retornam todos os galegos do mundo.

Poema

Poema
Manuel Maria – Poeta Espanhol – Galícia.
Tradução: Edmilson Naves

Um poema é um ser, vivo que anda
Respira, sonha, chora e é loucura
Ama, berra, cintila e escurece
Cala, aborrece a mentira
Sente ódio e ternura
Fala de intimidade a intimidade
Com coisas e com gentes
Sugere mundos possíveis e impossíveis
Transpira, cansa, sente sede e fome
Adoece e agoniza
E nunca morre

Instante

No momento que uma onda quebra na areia da praia passou o instante. Uma tristeza pode ter atingido o coração de alguém, um sorriso pode ter sido trocado, uma vida surgiu num choro ou talvez um choro por uma alma tiver subido. Um amor se afinou ou se findou. Um instante é só um instante do presente ao passado e as ondas continuam a quebrar na areia.