quinta-feira, 1 de março de 2012

O caso das gêmeas



Clara e Clarice vieram ao mundo no dia 18 de junho de 1978, às 10:00 hs de manhã uma manhã de domingo. Foi a maior felicidade de Roberto e Mirela, eram pais de primeira viagem e já tiveram gêmeas. Clara veio primeira e depois Clarice que quase não chorou e essa qualidade de calma seria para toda sua vida. Clara já fez um pequeno show chamando a atenção de toda a equipe médica.
Foram crescendo e como todas as crianças gêmeas usavam roupas e cabelos iguais, só eram distinguidas nas brincadeiras, onde Clara era mais arrojado, falava mais alto e tinha uma risada estridente. Assim foi a infância e a adolescência das gêmeas eram invejadas pela beleza.

Mas uma coisa podia ser notada nas gêmeas mesmo as pessoas que não as conheciam eram a proteção e o amor de irmãs entre elas. Os pais tinham certeza disso, pois mesmo idênticas e com uma personalidade distinta elas nunca tinham brigado sério e nem ficaram sem se falar por mais de um dia. E seguiram até a universidade sempre juntas e como era esperado começaram a namorar no mesmo dia e conheceram os futuros maridos na mesma festa, Clara com Artur e Clarice com Edson, o namoro rolou por mais de três anos até a formatura das duas irmãs e veio o noivado e a data marcada para o casamento.

A festa de casamento foi um acontecimento de destaque na cidade, aliás, eram Clara e Clarice que estavam se casando. Formada as famílias foi a vez dos netos Clara casada com Artur e mãe de Sara e Clarice casada com Edson e mãe de Juliano, os pequenos nasceram no mesmo mês com espaço de quinze dias entre os nascimentos. As irmãs viviam perto, na mesma cidade e nos fins de semana almoçavam na casa dos pais, na casa dos sogros e uma vez por mês as duas irmãs passavam o domingo juntas onde mesmo que pequenas as crianças podiam brincar e se conhecerem melhor e viverem como primos irmãos. Os maridos também eram grandes amigos e sempre estavam juntos, na bola de quarta-feira à noite e nos fins de semana.

 Fim da primeira parte.