quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Escrevinhando

Escrevo aqui, escrevo ali

Nunca paro de escrever,

Escrevo só, acompanhado

Escrevo com ou sem você.
Se está distante escrevo u
ma carta

Se está pertinho, um bilhetinho
Tá demorando, um memorando
Se tu não vens. Ps: tá tudo bem.
Escrevo à lápis, canetinha
Ponta dupla ou quatro cores
Lapiseira e giz de cera
Não precisa apontadores.
Na calçada eu uso giz
Na parede uso carvão
Da telha com o caco eu fiz
Um imenso coração.

 

 

José Bernardino – Ceará, letrado pela Universidade Internacional da Lusofonia Afro-brasileira no Ceará. Seu primeiro texto publicado foi o conto A casa da vovó no livro "O que contam os sentidos", o qual retrata um de seus principais refúgios na infância. Recebeu menção Honrosa no Prêmio Cidadão de Poesia 2019 e, foi selecionado no concurso nacional jovens poetas, poetize 2019, com a poesia "O aporrinho da morte". É poeta, cineasta, amante da arte.


terça-feira, 14 de setembro de 2021

O mar de Angra dos Reis

 Este poema faz parte do livreto - (Poemas para a minha terra) 


 

O carro desponta no último túnel

Da escuridão das cavernas

Da umidade em gotas, das suas pedras escuras

E surge a claridade do sol

Que nos comprime a retina

Com raios coloridos

Que transpassam pelas frestas

Das copas imponentes das árvores

Neste momento no horizonte surge

O mar de Angra dos Reis, já se pode mirar

Uma de suas ilhas

Das centenas que povoam sua baía

Aqui de cima se vê o espelho

Da superfície verde de suas águas

E que se confunde com os olhos

Da garota que a pouco partiu.