segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Sonho sobre sonho



Eu giro de um lado a outro sobre a cama grande e aspecto de velha em uma noite, quente de um Fevereiro numa Malásia distante. O sonho que sonho me leva a um penhasco e por uma força oculta me empurra sobre o vazio e em desespero grito ao perceber que lá embaixo a grande lagoa não tem mais que um espelho fino d’ água, meu corpo salta na tentativa de evitar o choque e ao abrir os olhos estou salvo. Respiro fundo e estou sentindo um perfume barato sobre a pele dourada que descanso minha cabeça. O ambiente está úmido e o ventilador de teto gira, fazendo um ruído que mais parece uma hélice de um helicóptero distante. Olho para cima do colo suado sob meu queixo e não tem face o rosto que me sorri, adormeço. Acordo e sinto a falta da pele rosada e do rosto que mesmo oculto me fez transpirar de prazer.