sábado, 1 de outubro de 2016

Dura Lembrança





O espinho da rosa vermelha

Espeta a palma da mão

Quando se colhe suas pétalas

E misturam ao sangue + que positivo

Ardente do meu corpo

Acúmulos de jornadas

Constantes dos banquetes

Que passamos noites adentro

Do nosso aposento que

Chamamos de ninho

Como nossos beijos

Lábios vermelhos de paixão

Tanto o espinho como a rosa

Símbolo do amor e do ódio

Que vive entre nós

E o tempo este que gira

E converte partes mortas

Em cinzas do passado

E choram lágrimas escuras

E faz lembrança um presente

Que um dia foi um rosa