terça-feira, 11 de maio de 2010

Cinco décadas (Idade da profundidade)

Há muito que venho refletindo
O tempo está passando ou chegando
Para os meus cinqüenta anos

Refletindo mais sobre a idade penso
Ainda amo a mãe dos meus filhos
Tenho cachorros, casa, já plantei árvores.
E um artista disse certa vez
Que temos que escrever um livro
Depois dos cinqüenta
Para contar a experiência vivida
E chegando aos cinqüenta
Não são horas de fazer experiência
O tempo é curto, tem que ter objetivos

Posso contar nos dedos
Os amigos que tenho
E quantos mantêm
Quantos sumiram pela vida
E outros que eu tenha feito
Nos últimos anos

Não posso mudar o passado
Mas tenho que viver o presente
E sonhar ainda com um futuro
Promover a harmonia
Usar o bom senso na família
No trabalho e na vida
E me pergunto:

- Quando comecei a refletir sobre a idade?

Lembrei-me!
Foi lendo um poema “Idade da profundidade”
Do poeta António Viana da cidade de Braga/Portugal
Cidade onde passei várias vezes nas minhas idas a Porto
Poeta este que me atendeu prontamente
Quando enviei lhe um pedido para utilizar seu poema
Nesta pequena reflexão que eu nem tinha iniciado
O poeta Nitoviana é um amigo de site, o Luso.

“Idade da profundidade”

A profundidade não está
Nas palavras obscuras
Nem no que juras
A idade não está
No que és
Nem no que jaz a teus pés
A profundidade está
Nas coisas límpidas
A idade está
No que ainda não és
Profundo é o mundo
Que se torna fecundo
Idade é a vida
Com profundidade
Profunda é a vida
Em claridade
Idade é a vida
Em verdade!

(Nitoviana, 2009 – Braga/Portugal).

E refletindo mais sobre a vida
- Quantos anos mais me reservam a vida?
Se a idade é vida!

Só posso me cuidar...

- diminuir a gordura
- diminuir o açúcar
- diminuir a bebida
- e se o tesão acabar?
- vira essa boca pra lá...

Tracei um objetivo, viver bem.