domingo, 23 de outubro de 2011

O furto (Fim)

Onde o delegado Matias amigo de seu pai
Passava o dia, semanas e meses a ler jornal
O pai não entendeu nada sobre o pedido
Mas acompanhando a filha a passos largos
Entrando no escritório foram atendidos
Pelo delegado quando Maria Isabel anunciou
Que queria fazer uma denúncia
O policial mandou chamar o escrivão
E perguntada qual seria a denúncia
“Que roubaram o meu coração”.
E ela conhecia o culpado pelo furto
O pai e o amigo delegado assustados
Por segundos não sabiam que ação tomar
Trazidos a realidade pela voz da menina
Que insistia em fazer a denúncia
Foram minutos de debates sobre o tema
Para o delegado era uma denúncia descabida
Era melhor que esquecesse o rapaz de vez
Mas Maria Isabel insistia em registrar
“O roubo do seu coração”.
Assim foi feito e levado o caso ao juiz
Da cidade vizinha que marcou a audiência
No dia e hora lá estava Maria Isabel
O juiz após ler a denúncia, perguntou
O que a menina esperava com aquilo
Ela disse que queria que ele viesse depor
Que passasse vergonha perante os todos
E que pedisse desculpa em público a ela
Que isto lhe servisse de lição por enganar
Uma pessoa de coração puro e sincero
O rapaz foi chamado para depoimento
Com ele veio os pais e um advogado
O caso se arrastou por quase seis meses
Tomou proporções extras municipais
Apareceram alguns jornalistas na cidade
Maria Isabel deu algumas entrevistas
E então foi marcado o julgamento
E depois de duas horas de debate
O resultado foi lido pelo juiz da cidade
Aldo foi condenado a fazer uma nota
Onde pedia desculpas em público
E publicada em todos os jornais da região
E pessoalmente teria que ir casa da família
E pediria desculpas a toda a família
Assim foi feito pelo rapaz e seus pais
O caso ficou conhecido como: O furto do coração.

Fim