segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Amor Suburbano – Oitava parte.




Helena olhou meio que de lado, nesse momento Artur pediu um sanduíche e suco, quando se virou para procurar uma mesa encontrou o rosto de Ester sorrindo para ele e fazendo sinal para vir ao encontro deles e demorou uns segundos para se lembrar do rosto que sorria em sua direção e de frente para a moça sorridente outra moça de costas com cabelos aloirados que ele reconheceria em qualquer lugar, certo que era Helena. Pegou o copo e o prato com sanduíche e foi em direção à mesa sendo recebido com sorriso pelas duas, cumprimentou Renato e sentou ao lado de Helena. Ester comentou do acontecido com seu Almeida e Artur começou a contar sobre a amizade existente entre as suas famílias com seu pai e avô. Neste momento, Helena pôde ouvir o som de uma voz firme meio sem que a vontade entre aquelas pessoas que ele não conhecia, mas que aos poucos foi se soltando e mostrando o Artur gente boa e simples que ele era. Pediram mais sucos, salgados e por pouco não perderam a última cerimônia de homenagem ao seu Almeida. Terminado as cerimônias foram para o estacionamento entre despedidas e promessas de novos encontros para almoçar e conversar houve também uma troca de telefone entre Artur e os três amigos, Ester fingiu ter pressa e saiu na frente com Renato, deixando a amiga para trás numa tímida conversa a caminho do estacionamento. No carro de volta para o escritório Ester falou o tempo todo sobre a possibilidade da amiga Helena voltar a encontrar Artur e Helena meio que sem graça desconversava. A semana estava a mil, muitos clientes a clínica ia bem todos com uma lista de clientes sempre cheia, vários investimentos estavam previstos, os profissionais ali tinham a possibilidade de estender seus horários. Helena estava alcançando a sua independência o salário havia dobrado. Há meses vinha fazendo uma poupança e já obtinha o suficiente para iniciar a compra dos móveis para seu apartamento quando o alugasse, por vezes já visitara lojas e na sua cabeça o apartamento já estava mobiliado. Receber os amigos e nesta hora pensou em Artur já se passara quase uma semana e nem um telefonema trocaram, ela poderia tomar a iniciativa, mas ficaria exposta poderia parecer que estava se oferecendo demais. Nos últimos dias não teve tempo de pensar em quase nada, pois estava chegando tarde a casa e ainda tinha que ouvir as reclamações da mãe sobre as pequenas brigas com a irmã. Numa das noites acordara a irmã e teve uma conversa séria sobre o tratamento com a mãe, explicou que o que a mãe sentia era ciúme pela filha estar namorando e a possibilidade de perder o amor da filha, Maitê tinha que dar um tempo para que a mãe aceitasse a situação, a irmã resmungou um pouco, mas concordou. Helena passou a tarde fazendo unhas e cabelo enquanto a mãe preparava a roupa escolhida para o jantar. A mãe ficou feliz com a animação da filha, sentia que a relação podia dar frutos. Na hora marcada Artur estacionou o carro no portão da casa de Helena, desceu somente para abrir a porta do veículo, seguiu para um restaurante ali mesmo em Campo Grande, ele já tinha feito as reservas pela tarde. Sentaram-se e por duas horas conversaram sobre a infância, estudo, profissão e o trabalho. Ele a levou em casa perto das vinte e três horas e na despedida ficou um até a próxima, mas rolou um selinho. Helena encontrou a mãe e a irmã sentadas no sofá assistindo televisão, mas com caras de curiosas e antes que elas perguntassem alguma coisa ela mesma já foi dizendo que a deixassem tirar as sandálias e que iria dar os detalhes. Sentou-se ao lado da mãe e começou a contar como havia sido o jantar e detalhes do perfil de Artur e por fim não deu detalhes da despedida. Helena perguntou a mãe se poderia fazer um almoço de massas para o dia seguinte o domingo, pois queria convidar Artur para almoçar e poder apresentá-lo e a irmã perguntou se podia convidar o namorado para almoçar também, a irmã e a mãe se olharam sérias e logo em seguida abriram um sorriso de consentimento.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Amor suburbano – Sétima parte.





Artur não foi a Petrópolis no fim de semana, se sentia cansado havia tido uma semana corrida e precisava relaxar, foi à praia caminhar um pouco na volta passou na feira e fez compras de verduras, frutas e peixe fresco. Passou um domingo ouvindo música tinha na estante centena de CDs e discos de vinil dos anos oitenta e noventa, internacionais e nacionais herança dos pais. Durante mais de duas horas ouviu Peter Frampton. Passou algum tempo na cozinha fazendo sua própria comida fez uma salada de legumes e um peixe grelhado e para acompanhar um vinho chileno, após o almoço deitou e dormiu um pouco e ao acordar assistiu a um jogo na televisão. A noite saiu para fazer uma coisa que a muito não fazia, ir assistir a um filme em um cinema ali perto. No retorno para casa parou na carrocinha da esquina para comer um sanduíche o que fez com tamanho gosto, pois se lembrou do tempo de criança quando saia com o pai e mãe pelas tardes de domingo para ir ao cinema ou mesmo quando voltava da serra. Podia comer quantos quisesse e todos comiam até se fartarem, lembranças que trouxeram a dor da saudade, pai e avô, pessoas importantes na sua vida. O avô foi quem o ensinou a pescar, lembra quando pequeno lá em Petrópolis num sítio de um amigo dos avós, tinha um grande lago que podiam até andar de barco a remo e outros dois lagos menores para desenvolvimento dos peixes. Algumas vezes no ano o avô o levara para passar o domingo lá, o bom era pegar o peixe e depois comer, havia a dona Laila que trabalhava na casa, ela limpava e fritava os peixes, me lembro dela dizendo a todos que o peixe do Artur é especial, porque não tinha espinho. Hoje eu penso, o peixe que eu pegava não era o mesmo peixe que eu comia, mas prefiro ainda pensar que sim. Qualquer dia desses pensou em voltar no sítio e ver como vai o pessoal, aliás, os filhos do seu Antenor o construtor amigo do meu avô estão tocando o negócio.
Helena chegou ao escritório com o pensamento em casa, a muito, mãe e irmã não discutiam esta certamente seria uma semana pesada. Foi à área do café onde o pessoal se reunia após os cumprimentos os amigos contaram o que tinha acontecido com o seu Almeida, sofreu um infarto e não chegou a tempo no hospital e faleceu. Ester estava triste ela que vinha cuidando da fisioterapia a mais de seis meses e toda semana ele convidava ela e outras para um almoço. A família avisou a clínica pela manhã e alguns iriam ao enterro, Ester pediu que Helena a acompanhasse o que ficou acertado, pois Renato daria carona. Quando Artur chegou à loja o pessoal já comentava o acontecido, nas lojas da rua onde todos conheciam o Almeida e Artur conhecia toda a família, lembrou que na morte pai como na do avô todos compareceram, avisou Juliana que só voltaria na parte da tarde. Eles chegaram à pequena capela e foram direto cumprimentar os membros da família e a pedido de Ester saíram para o jardim ela não se sentia bem naquele lugar fechado cheirando a flores e foram se sentar um pouco mais distante. Artur entrou na capela e sentiu a sensação de ter voltado alguns anos atrás, muitos rostos conhecidos sentou-se ao lado da família, falou algumas palavras de consolo e depois ficou quieto meio que fazendo número. Naquela noite que passou velando o avô tomou a decisão de assumir os negócios que de herança era de seu direito, a dor da perda o fez virar o homem de hoje. Com a chegada de outros conhecidos cedeu o lugar aproveitando para sair de o ambiente indo acender um cigarro no jardim. Ester e os amigos saíram do pátio da pequena capela e foram fazer um lanche na esquina. Entre os três rolaram vários assuntos como o dia da morte do pai de Helena que morreu eletrocutado nos fios de alta tensão durante o trabalho sobre uma torre, até o momento foi o dia mais triste de sua vida. Helena também comentou como foi o fim de semana em casa sobre o namoro da irmã e naquele clima resolveram mudar de assunto. Neste momento entra na lanchonete Artur, é avistado primeiro por Ester que toca Helena no braço avisando que aquele amigo do seu Almeida que encontraram no restaurante estava no balcão.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Amor suburbano – Sexta parte



Amor suburbano – Sexta parte

Neste momento Ester entrou porta adentro e a chamou para almoçar com um cliente que insistia em levá-la para almoçar e não queria ir sozinha. Helena pegando a bolsa e levantando foi exclamando – vamos comer porque hoje começa um novo dia. Ester batendo palmas já foi questionando o motivo da lépida atitude, se havia recebido um telefonema de alguém ou recebido flores de um desconhecido. Ao chegarem ao hall do restaurante Almeida avista um rapaz no balcão e chamou pelo nome de Artur, o rapaz se virou e foi de encontro ao velho todo sorridente que o abraçou e trocaram cumprimentos, neste momento Artur viu duas moças paradas atrás do velho que se virando apresentou as duas moças como as responsáveis pela sua saúde física atual. Artur se congelou por segundos e suas mãos saíram do estado seco ao suor em segundos, as duas sorrindo trocaram de mãos as bolsas e ele estendeu as suas para um cumprimento que certamente nunca iria esquecer. Ele pegou na mão de Ester e num sorriso constante em seguida pegou na mão de Helena analisando a suavidade de sua pele, calor e até suas unhas bem feitas ele pode ver. Ele apresentou-se como Artur, ela como Helena e antes de soltar sua mão seu Almeida o convidou para ficar e fazer companhia recusou o convite dizendo já ter almoçado e que tinha que voltar ao trabalho, deu outro abraço no amigo e sorriu para elas e saiu sem olhar para trás, por dentro estava explodindo de alegria. Naquele momento Almeida falava para as duas moças que Artur era filho de um velho amigo que já havia falecido e que o rapaz soube administrar os negócios da família nos últimos anos com seriedade e eficiência, e voltando a sorrir encaminhou com as mãos as duas mostrando a mesa e dizendo que já era tarde e estava com fome. Helena acompanhou pela vidraça do hall o veículo saindo do estacionamento, lembrando-se dele sentado à mesa perto da janela. Ester tinha razão ela precisava prestar mais atenção às coisas e até nos homens que a rodeavam como este Artur que devia ser uma pessoa interessante de olhar meigo e de uma leveza na voz. Homens são diferentes, lembra que na faculdade ficava analisando todos os rapazes da sala e também outros que ao passar dos anos foram ficando amigos, uns queriam ficar, ela não entendia como algumas amigas ficavam sem a menor preocupação de outras pessoas comentarem sobre a vulgaridade que tanto sua mãe alertava. Mesmo Ester em quatro anos namorou e ficou com mais de dez e ela no máximo dois e namoros que não duraram muito, coisa de encontros em bares onde a turma reunia. Somente um tinha deixado saudades, começou no último ano do segundo grau tinha tudo para dar certo, mas foi passar um carnaval em Minas Gerais sem avisá-la a deixou esperando por quatro dias, se ele não tivesse viajado talvez o desfecho tivesse sido diferente, na volta chegou com a cara limpa, então ela o dispensou na hora. Poucas vezes jantava em casa com a mãe e a irmã que matava aulas com a desculpa de estar cansada. Maria Rosa adorava quando as filhas estavam em casa às noites, assim poderia fazer um prato que elas gostavam e poderiam ver televisão e conversar. Durante o jantar que foi servido uma lasanha a quatro queijos o que fez as meninas passarem da conta o que não acontecia normalmente com suas manias de regime. A mãe dizia que seus corpos eram esculturais e que somente o tempo e o casamento poderiam alterar. O jantar começava pela mesa e aos poucos era transferido para o sofá da sala, devido ao jornal ou ao início na novela e foi num desses momentos que Maitê disse que iria fazer um comunicado o deixou mãe e irmã apreensivas. A mãe pediu que a filha fosse logo ao assunto e sem muita explicação comunicou que conheceu um rapaz e que gostaria de trazê-lo em casa para que o conhecessem, caso não houvesse restrição por parte delas. Helena começou o interrogatório, qual a idade, se já o conheciam e o que fazia. A mãe ficou nervosa dizendo que não era hora de namorar que iria prejudicar os estudos, Maitê se defendeu dizendo que era bom rapaz amigo da escola e que já estava estagiando em uma empresa, tinha vinte e quatro anos e muito responsável. A mãe disse que não queria ninguém dentro de casa, mas Helena tentou acalmar a mãe falando para a irmã que na próxima semana ela traria o rapaz em casa e assim elas o conheceria, pondo fim ao mal estar causado pela notícia. A mãe preocupada sobre a possibilidade de Maitê ter um namoro firme, pois na família havia um exemplo vivo, Giovana filha de uma prima era uma menina muito inteligente sempre com boas notas e certamente tinha um futuro promissor. Aos dezoito anos conheceu um rapaz e em menos de oito meses estava grávida, até hoje leva uma vida dura, o marido nunca se acertou com um emprego fixo e mais, foram três filhos que sem a ajuda das avós passariam dificuldades. A família sempre citava o caso como de um futuro desperdiçado, aquela menina certamente teria um futuro brilhante. Continuou o jantar, mas o clima criado pela notícia deixou a mãe emburrada o resto da tarde do domingo. Maitê foi para o quarto estudou um pouco, dormiu a tarde e depois, assistiu à televisão até o entardecer. Helena ainda conversou com a mãe sobre o assunto, depois passou os olhos pela agenda da próxima semana e faria uma coisa que tinha planejado há muito tempo visitar uma loja no shopping para escolher um jogo de sala para o futuro apartamento e iria sozinha, não queria Ester ou outra amiga junto, seria um momento só dela. O anuncio feito pela irmã fez Helena cancelar a conversa que teria durante o almoço com a mãe e irmã sobre a possibilidade de se mudar para o centro da cidade até o fim do ano e que já teria um imóvel em vista no bairro de Botafogo. Sentada frente à televisão pensou no rapaz do restaurante, demonstrara ser uma pessoa interessante para sair, conversar, jantar e viajar nos finais de semana uma pessoa para compartilhar uma vida.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Amor suburbano – Quinta parte



Ester entra na sala sem bater como sempre fazia, vinha falando rápido e já perguntando como havia passado o fim de semana de Ester. Mas antes que Helena respondesse já iniciara a narração do seu próprio fim de semana havia ido à praia no sábado, o sol esteve quente por isso toda a manhã passou conversando com Renato. Dessa conversa marcaram um encontro para almoçar no domingo ele a pegou as doze e foram almoçar na parte alta da Boa Vista e foi uma tarde e tanto, Helena ficou ouvindo-a narrar todo o acontecido e no fim simplesmente perguntou se rolou alguma coisa e Ester respondeu que rolou alguns beijinhos e tinha tudo para continuar rolando. Então Ester perguntou de novo como havia sido o fim de semana da amiga e esta respondeu que nada de interessante respondeu que havia ficado em casa arrumando casa e ajudando a mãe... Ester interrompeu e foi questionando até quando a amiga iria ficar assim sem namorado, sem vida social e que estava na flor da idade e que trabalhar era bom, mas precisava viver também. Helena respondeu que tudo tinha sua hora e que a deixasse trabalhar, pois tinha que organizar a sua semana. Quando Ester saiu e fechou a porta, Helena soltou a caneta sobre a agenda e em pensamento concordou com a amiga, um namorado já estava fazendo falta. Já se passara quatro fins de semana dentro de casa e até a praia que tanto gostava havia afastado. Na realidade queria morar no centro ou na zona sul, poderia trabalhar em outra clínica e aumentar seu tempo de atendimento, sabia que várias clínicas precisavam de mais profissionais. Mas duas horas era o tempo que gastava para chegar à clínica e estas horas somavam um dia a mais de atendimento na semana. Com um carro teria um grande ganho no deslocamento, seria difícil, mas o momento estava chegando, falar com a mãe e a irmã sobre a possível mudança. D. Rosa certamente não iria gostar do assunto, mas Helena sabia que no fim a mãe aceitaria, pois a muito já sabia o que era importante para a filha, balançou a cabeça, voltou para suas anotações. Início da semana, meio de expediente o movimento na loja era fraco, conferir mercadorias e organizar vitrines era o que havia para fazer. O fim de semana em Petrópolis havia sido bom se divertira bastante junto a mãe, primos e sobrinhos. Teve tempo para uma conversa reservada com a prima Clara, contara sobre a moça que havia se interessado no restaurante e a prima ficou excitada, quis saber detalhes e o encorajou a conhecê-la mesmo que para uma futura amizade.
Dados as ordens para a tarde saiu para o almoço, pegou o carro e rumou chegando ao restaurante por volta das doze horas, sinceramente não pensava encontra-la naquele dia. Seu objetivo naquele dia era falar com o garçom Zacarias e descobrir tudo o que pudesse sobre ela. Chegou ao restaurante mais cedo e com pouco movimento foi recebido pelo chefe que lhe indicou uma mesa e que o garçom viria em seguida, sentou-se na mesma de frente para o estacionamento e pensou na última vez que a viu, já se passara duas semanas. Com o olhar perdido ao longe não viu quando o homem de terno preto estava em pé ao seu lado, Artur o convidou a sentar o que ele recusou dizendo que estava a trabalho e que em pé estava bem. Ali estava um homem de estatura pequena, nordestino e estava no Rio quase quinze anos, já havia trabalhado de servente, porteiro, trocador de ônibus então há oito anos era garçom. Passou por vários bares e outros restaurantes na zona sul o que acumulou experiência fazendo dele um dos melhores garçons da casa e já se passara três anos. Conheceu pessoas importantes e graças a estas amizades pode trazer vários parentes para o Rio, todas se arrumaram pela cidade em bares, lojas e casa de famílias. Seu objetivo era melhorar a vida dos parentes e dar dignidade com o trabalho. Esforçou-se muito para ter um pouco de conforto, dizia que o trabalho estava acima de tudo na vida. Artur começou direto no assunto falando dela e gostaria de obter informações como nome, trabalho e etc... Zacarias sentiu a ansiedade na voz de Artur e começou a falar, Helena é fisioterapeuta e trabalha em uma clínica no Leblon. Almoçava uma vez por semana com amigos do trabalho, nunca a via com uma amizade masculina que demonstrasse um relacionamento mais sério. Pelo que ouvira morava entre Bangu e Campo Grande e era tudo que sabia sobre ela. Artur agradeceu e pediu sigilo sobre o assunto, Zacarias afirmou o segredo dizendo que garçom era meio psicólogo, houve e dá conselhos o que fez Artur rir e dar a mão em agradecimento. Pediu o almoço simples de sempre, arroz, feijão, salada e um bife a milanesa. Após o almoço retornou ao trabalho feliz em saber que Helena, era um nome bonito como a dona do nome. Helena sentada no sofá do escritório que dividia em dias alternados com dois profissionais amigos de faculdade, pensava no que Ester havia lhe dito, tinha que encontrar alguém que tivesse alguma coisa em comum com ela. Sua vida teria que passar por algumas mudanças pessoais e até mesmo sua transferência para o centro. Esperava que em poucos dias conseguisse falar com o proprietário do apartamento que seu Manoel a indicara.