sábado, 24 de outubro de 2009

Para Naves um pequeno regalo.

Hola Naves, amigo de Río:
Agradezco tus lindos abrazos…
Soy feliz, pues te gusta lo “mío”,
Mis poemas, pequeños retazos

De mi vida, granada al estío,
Y extendida en tranquilos ribazos…
Es la paz, lo que quiero y ansío
Y estrechar de amistad fuertes lazos…¡

Qué placeres en Copacabana,
Qué dichoso que fui en Ipanema!...
Volvería de muy buena gana,

Y a aquel Cristo, le haría un poema…
Entretanto, a tu tierra lejana,
Me conformo con verla en “cinema”…

EMILIOSALAMANCA24 Octubre 2009-Espanha

domingo, 11 de outubro de 2009

Com a pele cor de cera

Vi um show a muitos anos de um cantor que na época magro, cabelos escuros e longos. Andava muito solto com calça esportiva da Adidas com aquela tarja branca na lateral que todos usavam nos anos 80.

Passado todo esse tempo estava caminhando pelos corredores de um shopping a passar os olhos nas vitrines e de repente quem eu vejo vindo de encontro, com os mesmos cabelos e mais forte, o tal cantor, me agradou vê-lo depois de tantos anos, eu poderia chegar e dizer:
_ oi, cara. _Eu estava no seu show em 20 de janeiro de 79 naquele palco medindo 5 x 3 onde você fez todo o clube cantar e dançar por quase duas horas com seus solos de guitarra.

E uma turma de seis garotos filhinhos de papai se amontoava ao lado da quadra lá no fundo puxando unzinho, tudo bem discreto, escondido, não poderiam escancarar, senão, ficariam marcados no clube e certamente não entrariam nos próximos shows.

Mas voltando a pessoa do cantor, me assustei quando ele chegou mais perto, estava branco que parecia de cera, sem cor, neutro e sem tom.
Vinha de mãos dadas com uma morena que parecia estar também se desbotando. Pensei, será que ficar famoso ou rico faz com que a gente deixe de pegar sol, num país tropical e ainda no Rio é um pecado não ser um pouquinho bronzeado.

Mas no fundo vê-lo na minha frente, foi uma viagem e pelos corredores das lojas repassei vinte anos da minha vida, sem saber que por um bom tempo as músicas cantadas e tocadas por ele fizeram parte da minha vida.

domingo, 4 de outubro de 2009

Carta a uma amiga

Rio de Janeiro, 10 de Maio 2009.

Querida amiga Leda.

Espero encontrar você e sua família feliz e com saúde.
Há muito nós não nos falamos, me deu saudades de vocês, penso que uma carta meio à moda antiga, eu possa expressar todo o que estou sentindo agora, nesta noite fria de inverno.
Eu poderia telefonar mandar email, mas como estou na fazenda e daqui saio pouco, pois, tenho meu envolvimento com as plantações, à lida com o gado, os empregados e suas famílias, a minha família e por isso me sobram pouco tempo.
Nas minhas noites aqui na fazenda procuro dormir cedo, assisto um pouco de televisão ou ouço meus discos em vinil aquelas músicas do nosso tempo que tocavam nos bares e nas domingueiras no clube.
As crianças vão bem e adoram a fazenda, mas pelo menos duas vezes ao ano passo alguns dias na praia, ensinei a eles o gosto pela areia e a água salgada que recupera o nosso cansaço e até hoje nos lembramos da praia de Botafogo, ali perto da casa da sua mãe.
Penso que em pouco tempo vou perder do alcance das minhas mãos a minha pequena Sofia, ela já está com dezesseis anos e quer estudar Pediatria em São Paulo, meu coração já está partido só de pensar. Meu coração já se partiu algumas vezes nos últimos vinte anos, você sabe.
Sinto saudades de alguns amigos que não vejo algum tempo e até anos. Seria bom saber de cada um de vocês e que nossas esposas e maridos fossem amigos e nossos filhos também, como nós éramos na adolescência.
Mande notícias de você, do João seu marido e o Artur, aliás, ainda guardo a foto de oito anos e que festa aquela na casa da sua mãe, eu penso que ela gosta mais de mim hoje que antes, não sei se ela te disse, mas meses atrás mexendo nas fotos antigas encontrei um cartão com o telefone da sua mãe e dias depois na cidade telefonei, conversamos e de alegria ela até se emocionou.
Vou ficando por aqui, gostaria de convidá-los para passarem um final de semana aqui na fazenda.
A Marina manda um beijo pra vocês e receba os carinhos do seu amigo,

Diniz.