terça-feira, 19 de maio de 2015

O café de Isabelle


Lavar o chão da cafeteria
Não é para todos
No entanto, ela Isabelle.
...só ela o lavava.
Com muita água,
...sabão, escovão.
E com muito carinho
Além do chão
O balcão, as banquetas.
...as pequenas mesas.
Trocar a toalha
O guardanapo
O açucareiro
O calor faz exalar gotas de suor
...sobre a pele fina.
E escorrem como gotas de orvalho.
Enquanto caminha com a limpeza
A água ferve no pequeno fogão
O pó do café já posto
...no coador de pano,
...sobre o bule esmaltado.
Retira do balcão de vidro
Tabuleiros com restos
...de bolos e pãezinhos.
Coloca-os sobre a pia.
Passa o pano úmido sobre o balcão
Volta ao café que exala no ar
Ajeita uma xícara
- açúcar ou adoçante? ...pergunta Isabelle.
- adoçante! ...eu respondo.
Sorri novamente com o suor sobre a testa
...e o avental molhado.
Passa o pano úmido sobre o balcão
Eu o tomo em dois goles
40
Ela junta as toalhas e panos
Joga-os no cesto
Que fica no estreito corredor,
Que leva a pequena cozinha.
Vira-se e sorri
Passando as mãos sobre a testa
Num ar de cansaço.
- pode baixar a porta?
- toma outro café comigo? ...ela faz duas perguntas seguidas.
O ponteiro do relógio marca 23 h.
- claro! ...eu respondo indo em direção a porta.
- você ainda faz aquela massagem? ...Isabelle pergunta colocando o adoçante nas duas xícaras.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Amor suburbano - Final



Helena se levantou e passando pela sala pegou o celular e sorrindo para a mãe disse que mais tarde ligaria para ele. Artur entrou em casa e não via como resolver a situação, realmente deveria ter falado no almoço que o apartamento era dele e que não sabia que era ela a interessada, mas ao acordar na manhã seguinte a convidaria para almoçar e tentaria se explicar. Ele entendia a revolta de Helena e se colocando no lugar dela realmente era estranho e concordou com ela em pensamento, estava cansado iria tomar um banho, lanchar e descansar. Quando saiu do banho foi até a cozinha preparar o lanche, o telefone tocou e chegando a sala atendeu e do outro lado ouviu uma voz suave perguntando se estava tudo bem, Artur respondeu que estava preparando um lanche, mas que ele iria ligar logo após terminar e tinha uma proposta para fazer, Helena se mostrou curiosa pedindo para falar logo e ele argumentou que não tinha certeza que este seria o melhor momento já que ela insistia ele falou de bate pronto “quer casar comigo?”, a voz do outro lado ficou muda e ele perguntou se ela estava lá ainda e que não precisava dar a resposta agora que teria até o dia seguinte para dar a resposta quando ele iria pegá-la para o almoço. Helena voltou de repente e perguntou se ele era doido fazer uma proposta àquela hora, Artur disse que ele poderia ser o homem da vida dela se ela quisesse, ela o interrompeu dizendo que esta noite não conseguiria dormir e se poderia dar a resposta no almoço e que já estava tarde ele tinha que lanchar e descansar se despediram. Helena chamou a mãe e contou o que se passara.
Um mês depois tudo estava preparado à festa seria na cidade de Petrópolis, a lista de convidados fechada, padrinhos escolhidos e convidados, duas pessoas não poderiam ficar de fora da lista dos padrinhos, lado do noivo o amigo garçom Zacarias e do lado da noiva Manoel amigos que indiretamente fizeram parte dessa união, a lua de mel foi um belo passeio pela Espanha, Itália e França. A decoração do apartamento foi feita pelo próprio casal, só o quarto foi decorado exclusivamente por Helena ao estilo Árabe que ela tanto sonhara naquele apartamento que um dia tinha sido seu sonho.

FIM

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Amor suburbano – Décima primeira parte



Amor suburbano – Décima primeira parte

Artur foi pego de surpresa e fez uma pergunta de como ela sabia, e Helena disse que sua mãe Almerinda e a tia Lara tinham comentado, ele disse que sabia sim e pode notar a decepção no rosto de Helena, mas que só ligou as coisas após o almoço da última sexta-feira, que ao retornar à loja pediu a secretária para pegar a pasta do imóvel e quando abriu viu o cadastro de Helena, mas que ele nunca verificou o cadastro, pois ele mesmo tinha dito que não iria alugar o imóvel, então a secretária o arquivou. Mas que na semana seguinte iria levá-la para ver o apartamento ele mesmo, mas a moça continuou a viagem calada e Artur se calou também até deixá-la no portão de casa. Helena entrou em casa e na sala vendo televisão a mãe e irmã, ao entrar já a encheram de perguntas sobre o almoço e como a receberam. Helena sentou e contou nos detalhes como tinha sido o dia e que todos foram simpáticos e muitos amorosos com ela, até convidando-as para passar um fim de semana na serra, mas não sabia se o namoro continuaria e em direção ao quarto falou que tomaria um banho e depois falaria. Embaixo do chuveiro, Helena pensou que seria um ótimo momento para informar a mãe a intenção de se mudar para o centro da cidade. Saiu do banho e a mãe já estava terminando de preparar a mesa do café, a filha falou um pouco mais sobre o almoço, as pessoas e que uma coisa a tinha deixado muito chateada com Artur, que algum tempo vinha pensando em alugar um apartamento no centro, é que a clínica estava crescendo e muitos clientes novos e se tivesse mais tempo poderia atender mais clientes, mas que para isso acontecer não poderia perder muito tempo em deslocamento, a mãe a interrompeu concordando que teria que morar mais perto do trabalho, a filha disse que o problema era esse, que havia visto um apartamento e descobriu que o proprietário era Artur e que ele sabia que ela estava interessada e que o seu Manoel trabalhava no prédio e tinha entregado o cadastro na loja. D. Rosa falou que sabia a intenção da filha em se mudar e que uma hora ou outra esta decisão deveria ser tomada, a filha ficou surpresa com a atitude da mãe, pois temia que a ideia não fosse aceita. Dona Rosa sentou ao lado da filha e disse que ela ouvisse mais Artur e procurasse entender suas razões, pois ela entendia que ele não soubesse mesmo, que desse uma chance a ele para se explicar.