Amaro Wenceslau esse era o nome do meu avô, o que eu me lembro dele, festas, Natal e gostava de fazenda.
Meu avô trabalhou em uma siderúrgica grande parte da sua vida, pelo que me lembro. Meus primos todos pequenos era o motivo de festas, aniversários todos os meses e festas e meu avô estava em todas, sempre com um copinho de cerveja e o cigarro na outra. Nunca o vi bêbado, ele bebia como aperitivo, me lembro que embaixo da pia tinha sempre um garrafão de 5 litros da melhor cachaça que certamente um amigo trouxera de algum alambique especial, mas antes do almoço ou jantar ele tomava um traguinho para abrir o apetite.
Eu morando ao lado e sempre passava lá à noite na hora do jantar pra tomar uma sopa, é que sempre havia sopão aquela de tudo misturado ou canjiquinha com costela quentinha.
Mas voltando às festas a semana que antecedia ao Natal era só preparação, minha avó Nenzinha, minhas tias e tios, todos trabalhavam na preparação das carnes, após a morte do porco que ele mesmo fazia questão de matar. Eu e meus primos e até alguns tios nos afastávamos não ver, mas não adiantava, pois o animal pressentindo o seu fim sendo agarrado e virado entrava em desespero e danava a gritar só parando depois de morto.
Hoje particularmente este ano falou-se muito no porco, experiências demonstram que ele o porco pode ser criado como um animal de estimação como um cachorro ou gato, (parei de comer carne suína). Na semana de Natal e véspera de Ano Novo a casa do meu avô parecia um hotel ou restaurante, gente que entrava e saia, almoçavam e jantavam e que às vezes eu nem conhecia, amigos dos meus tios e tias e dele próprio e gente da rua, gente que vinha de longe de outras famílias, mas passavam lá na casa do Amaro pra tomar um vinho, eu me lembro de muitas garrafas e claro muita comida.
Então ele se aposentou, jubilou e foi realizar um antigo sonho, arrendou um sítio, comprou cavalo, vaca e máquina de moer capim, mas isto é outra história que fica para a parte II.
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