quinta-feira, 23 de julho de 2009

Amaro II.

Fim de semana, meu avô me chamou para acompanhá-lo a uma visita a uma fazenda de um amigo dele lá em Ataulfo de Paiva, onde residia Zé Tavares e tia Lourdes.

Marcamos para sair no sábado bem cedo, partimos pela linha de trem que ligava Barra Mansa a Angra dos Reis até a Santa Clara, passa na casa da tia Margarida toma-se um café e seguimos para a estrada e pegamos uma carona no caminhão da Cooperativa e em quinze minutos descemos em frente à casa da tia Lourdes, entramos um pouquinho e seguimos agora a pé pela estrada de chão por quase trinta minutos até chegar à fazenda.

Fomos recebidos por um casal que agora não me lembro os nomes e foram nos levando à cozinha onde havia um fogão a lenha e forno, uma mesa com bolo, carnes e café quente. Ficamos ali por quase uma hora na cozinha a conversar, depois fomos ao curral ver o gado, ao galinheiro, aos viveiros, ver os cavalos e por fim ao açude pescar. Durante duas horas pescamos muitos peixes, mas meu avô e seu amigo lançaram duas, três ou quatro vezes a tarrafa que era retirada da água cheia de peixes enchendo pelo meio um saco de linho branco de lambaris, tilápias, cascuda e bagres. Então começou a chover aquela chuva de verão forte, saímos dali passamos pelo pomar e foi mais meio saco de laranja, limão, abacate, abacate, abobrinha, jiló e o meio saco de peixe num total de três sacos.

Voltamos à cozinha pra almoçar e muita conversa, tomamos café com bolo e mais conversa, lá pelas quinze horas nos despedimos e partimos eu com meio saco de peixe de um lado e outro de verduras do outro e ele com um de laranjas. Devido a chuva a estrada estava só lama e pra sair da fazenda havia algumas descidas e subidas que ocasionaram alguns escorregões. Demoramos a chegar à pista e ficamos sob a chuva fina esperando uma carona de volta. Parou um caminhão da companhia de energia, jogamos o saco na carroçaria, subimos e nos abrigamos. Descemos do caminhão e após agradecimentos pra minha surpresa meu avô anunciou ao motorista e seu ajudante que ficava ali um saco de laranja e limão. Eu fiquei com o saco de peixe e ele com as verduras, muito mais leve, nós entramos no São Luis e fomos pela linha do trem até a Boa Sorte, chegamos a casa por volta das dezoito horas, despejei o saco de peixe no tanque na parte externa da cozinha.

Minha avó Nenzinha não queria cheiro de peixe dentro da sua cozinha e mesmo no cansaço daquele sábado não havendo nenhum tio em casa eu, meu avô tivemos que limpar todos aqueles peixes senão iriam estragar.

Foi uma aventura e tanto naquele sábado.

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