“Passei grande parte da minha vida conhecendo pessoas e cultivando amigos”.
Quando novo eu separava os amigos, aqueles que podiam ir a minha casa para estudar em épocas de prova, aqueles que faziam parte da turma da pelada no campinho da beira do rio aos sábados à tarde.
Amigos como o João que juntos pegávamos cana de cavalo (aquela dura) no sítio do Cambeca, como aquele dia em que perdi a faca de pão da minha mãe, aquela que tinha uma serrinha fina, usava para cortar cana sem fazer barulho e por causa do cachorro, saímos correndo e deixei a faca cair no matagal e levei dois dias de procura para encontrá-la e devolver a gaveta sem minha mãe saber do acontecido. Outra, o dia em que pulamos o muro da escola municipal do bairro só para jogar ovo no vigia da escola, um velho chato que morava ao lado da escola e reclamava de tudo.
O Zinho vizinho da nossa casa que nos anos 70 era viciado em musculação e inventava peças como latas de tinta cheias de concreto para levantar peso e cordas esticadas entre árvores para saltar e que sem saber tinha um problema no coração e que foi agravado pelo esforço físico, vindo a falecer aos 16 anos.
Hoje eu classifico as pessoas em três níveis, perto, longe e distante, mas uma coisa eu sei, que todos são ou foram úteis.
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