Antigamente não se via canários-da-terra a cantar pelos pastos, árvores, gramados e postes das ruas. Havia muitos passarinheiros, que capturavam todos os tipos de pássaros que cantavam.
O Rubem Braga, escritor, jornalista e cronista, aliás, o melhor, era passarinheiro, tinha melros, curiós, virados, canários-da-terra e até corrupião trazido do Norte. Meu tio Mário e meu Pai Nilson também tinham muitas gaiolas.
Lembrei-me que há alguns anos eu e um amigo conversávamos sobre os canários - da - terra, em como eles sumiram, não só da nossa região, mas também de outras cidades e estados.
Então num sábado pela manhã estava admirando o meu gramado, vi coisinhas amarelas se mexendo pela grama me levantei para ver melhor e eram um casal de canários-da-terra, o macho amarelo forte e sua fêmea parda com um amarelo disfarçado e seus três filhotes pardinhos ciscando a procura de sementes e bichinhos. E assim começaram a aparecer mais filhotes que cresciam e sumiam. Em frente à minha casa agora tem um casal que habita no alto de um poste. Nas minhas caminhadas à tarde, passo perto de um gramado e contei mais de uma dúzia de canários-da-terra ciscando. Outro dia estava na praia e vi do outro lado da rua em um grande gramado, um casal de quero-quero chocando e um casal de canários-da-terra com seus filhotes.
O mais importante é que a população de pássaros está aumentando cada dia, é lindo vê-los a ciscar por todos os jardins e soltar seus cantos ao vento. Penso que os homens passarinheiros estão tomando consciência que os cantos dos pássaros são mais alegres quando estão livres.
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